Texto e fotos por Clovis Roman – Edição por André Luiz
As bandas Epica e Dragonforce (pela 3ª vez na cidade cada) fizeram um show conjunto no Curitiba Master Hall. Elas vieram para divulgar seus mais recentes trabalhos, respectivamente The Quantum Enigma e Maximum Overload, ambos lançados em 2014. Como de praxe na casa, as apresentações começaram no horário, e tanto som quanto luz estavam excelentes.
Primeiro veio o Dragonforce, que em exatamente 60 minutos, apresentou oito músicas, mesclando sons mais recentes e canções vindas do seu álbum de estréia, Valley Of The Damned, de 2003. Eles entraram já com suas cervejas colocadas nos pedestais e “Fury Of The Storm”, mas após alguns segundos, interromperam a música e a começaram novamente. Não deu para entender o motivo. O guitarrista Sam Totman estava muito empolgado e estava com uma latinha na mão sempre que possível. Não à toa, após o show o cara foi ao Blood Rock Bar e lá foi possível ver a empolgação alcoólica do rapaz.
O clima divertido do set deles não ofuscou a incrível técnica de todos. O Dragonforce obteve grande reconhecimento quando uma de suas músicas foi inclusa no jogo Guitar Hero, sendo a mais difícil de tocar de todas. A referida composição, “Through The Fire And Flames”, foi a que encerrou o set, bem recebido pelo público, mas no geral, sem grande empolgação, apesar da ótima presença do cantor Marc Hudson. Ele entrou na banda em 2011, no lugar de ZP Theart (atualmente em alguma versão do Tank), o que foi muito benéfico para o grupo, pois canta muito melhor.
DRAGONFORCE
Fury of the Storm
Three Hammers
Black Winter Night
Symphony of the Night
The Game
Cry Thunder
Valley of the Damned
Through the Fire and Flames
O Epica, como atração principal, apresentou seu repertório completo, que compreendeu 14 músicas. A mesma quantidade apresentada em 2010, na mesma casa, e um pouco a mais do que tocaram em sua estréia na cidade, no final de 2005, quando o público conferiu apenas 12 no finado Opera 1. Mas os tempos são outros, a banda cresceu bastante, e seu último álbum é de altíssima qualidade, tanto que cinco músicas dele foram apresentadas – “Victims of Contingency” foi o grande destaque.
Na abertura, os músicos Ariën van Weesenbeek (bateria), Coen Janssen (teclado), Rob Van Der Loo (baixo) e a dupla de guitarristas Isaac Delahaye e Mark Jansen (fundador do grupo, vindo do After Forever) sobem ao palco, e na sequência acontece a entrada triunfal de Simone Simons, uma das mais respeitadas cantoras do gênero. A galera das primeiras fileiras foi ao delírio, a empolgação (motivada também pela performance “feliz” do grupo) se manteve durante toda a apresentação. Eles abriram com duas novas, “The Second Stone” e “The Essence of Silence”. Outro momento de “alegria geral” foi no encore, quando a banda retornou com camisas da seleção brasileira de futebol.
A banda é competente, a voz de Simone está redondíssima, mas em alguns momentos o show fica cansativo pela semelhança das composições. Claro que os fãs aprovaram, e não era difícil encontrar gente chorando ou curtindo de olhos fechados com as mãos pra cima, como se estivessem em transe. Conseguir uma reação dessa, onde o público se entrega de corpo e alma ao seu trabalho é competência para poucos.
Como citado antes, alguns membros dos grupos apareceram no Blood Rock Bar para tomar umas cervejas e encontrar os amigos do Sonata Arctica, que também estavam por lá para uma noite de autógrafos. Para quem curte encontrar o pessoal das bandas, foi uma noite memorável, afinal, todos foram bastante acessíveis.
Agradecimentos especiais a produtora Overload e ao Lucas Novaes pelo credenciamento de nossa equipe.
EPICA
The Second Stone
The Essence of Silence
Sensorium
Unleashed
Storm the Sorrow
Fools of Damnation
Natural Corruption
The Obsessive Devotion
Victims of Contingency
Cry for the Moon (With Drum Solo)
The Phantom Agony
Sancta Terra
Unchain Utopia
Consign to Oblivion
Abaixo, um pequeno vídeo com trechos do show do Epica:
https://youtube.com/watch?v=lFu1Eodm61E
