ANGRA
NO DIRECTV MUSIC HALL
ABERTURA: EYES OF SHIVA
Por Thiago Rahal - Edição:
André Luiz - Fotos: Thiago Rahal (metalrevolution.net)
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Depois de seu
último show bem sucedido em São Paulo há
poucos meses no Via Funchal, não esperava por mais uma
apresentação tão cedo da banda. Mas com as
vendagens muito grandes do mais recente álbum Temple Of
Shadows e com a popularidade em alta, eis que a FAZ Produções
não perdeu tempo e levou o Angra ao palco do Directv Music
Hall, para a surpresa de todos os seus fãs. Essa performance
também seria uma das últimas da banda (ao lado das
apresentações no Rio de Janeiro e em Campinas) antes
de embaracarem para uma seqüência de shows em territórios
europeu e asiático.
Apesar de estar chovendo (e muito, diga-se de passagem) na capital
paulista, os fãs da banda não decepcionaram e compareceram
em grande número ao Directv Music Hall, localizado na nobre
região de Moema em São Paulo, para prestigiar mais
uma vez o que seria uma apresentação bem diferente
e contagiante.
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EYES
OF SHIVA
A
banda Eyes Of Shiva foi a encarregada de aquecer os paulistanos,
e pelo que pude ver ela conseguiu, já que a sua música
assemelha-se ao da banda Angra, agradando boa parte dos presentes.
Chegando ao Directv, a pessoa que libera os repórteres
para a entrada na casa ainda não havia chegado e com isso
perdi o começo do show do Eyes Of Shiva. Ao entrar, a banda
estava apresentando uma música de seu debut, a rápida
e melódica “Eagle Of The Sun”. “Psychos
Of The New Millennium” veio em seguida e ela mostrou a qualidade
dos músicos da banda.
Como sempre, as bandas de abertura apresentam algum cover e dessa
vez a banda tocou a música “Nevermore” da banda
de mesmo nome, o que de fato ficou bastante diferente, já
que a banda é de Heavy Metal Melódico e o Nevermore
é Thrash Metal. Esse pode ter sido o fator importante que
fez com que a música não fosse tão aclamada
pelo público ali presente.
A banda ainda apresentou duas faixas de seu álbum de estréia
Eyes Of Soul, lançado em 2004, e bem recebido pelo público
e crítica. Para fechar, apresentaram mais um cover, dessa
vez de “Aces High” do Iron Maiden que ficou mais lenta
do que o normal, porém agitou a galera e é isso
que vale em um show.
Set
List: Essence - Eagle Of The
Sun - Psychos Of The New Millennium - Nevermore (Nevermore)
- Eyes Of Soul - Just A Miracle - Aces High (Iron Maiden)
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ANGRA
O atraso
é um fator certo nos shows do Angra, porém a empolgação
da galera era tamanha que ao soar no P.A da casa a música
Daileon do seriado japonês Jaspion, o público a
cantou quase inteira, fato inusitado que fez muitos ali presentes
caissem na risada. Nessa turnê, a introdução
dos shows é bem característica já que “Deus
Lê Volt” é seguida de “Gate XIII”,
causando uma expectativa no público para “Spread
Your Fire” que é rápida, bastante melódica
e uma boa faixa de abertura fazendo a galera agitar. “Waiting
Silence”, veio em seguida, mais uma do Temple of Shadows
e não deixa ninguém parado.
Edu Falaschi então, agradece a presença de todos
e anuncia “Acid Rain”, do primeiro álbum
do “novo Angra”, Rebirth. Essa sem dúvida
é uma das músicas que figuraram no set list da
banda que mais se encaixam bem ao vivo.
“Nothing To Say”, clássico da banda veio
em seguida, sendo ela pesada, com ótimos solos e tendo
a banda inspiradíssima. Uma das minhas faixas favoritas
de toda a carreira do Angra veio a seguir, “Carolina IV”,
onde todos participam de alguma forma na percussão da
música. Ela soa muito bem ao vivo e com suas variações
consegue prender a platéia fazendo com que fãs
mais antigos se emocionassem, apesar de que Edu Falaschi ainda
não conseguiu superar seu antecessor nessa execução
(nada que venha comprometer o resultado final). Após
isso uma surpresa.
A pedidos de muitos fãs “No Pain For The Dead”
é apresentada, e que mesmo com o playback no meio da
música por causa da participação de Sabrine
(Edenbridge), ela se saiu bem ao vivo, o que só nos resta
esperar por um show com a participação de todos
no disco. “Angels And Demons”, com suas partes mais
progressivas foi uma das mais aclamadas pelos fãs do
Angra e mostrou uma banda mais coesa e entrosada.
Mais uma surpresa apresentada aos fãs, “Late Redemption”,
faixa na qual teve a participação especial de
Milton Nascimento, e que no show foi cantada por Rafael Bittencourt,
seguido por um coro belíssimo da galera. Antes de anunciar
a próxima música, Edu Falaschi discussou: “Essa
canção é uma homenagem aos militares brasileiros
que participam de missões mundo a fora e ninguém
reconhece e fala sobre deles”. Eis então que “Wishing
Well” entra em cena, uma balada bonita e que já
rola nas rádios faz um tempo.“Millenium Sun”
e “Heros Of Sand” vieram em seguida, não
deixando o publico esfriar.
“Rebirth” mais uma vez foi cantada por todos, sendo
essa a faixa mais conhecida da nova fase, onde como diz o próprio
Falaschi, foi criado um grande karaokê pela galera. Seguiram
com “The Shadow Hunter”, talvez a melhor música
do novo álbum pois mostra a variedade musical dos integrantes.
“Temple Of Hate” é a mais rápida e
clichê da carreira do Angra, porém agitou muito
a galera, já “Angels Cry” relembrou o excelente
primeiro álbum da banda. Espero que essa faixa nunca
saia do set list, pois ela é perfeita para shows.
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A banda sai do
palco e “Unfinished Allegro” anuncia a música
mais famosa do Angra, “Carry On”, que é cantada
em uníssono por todos. “In Excelsis” e “Nova
Era” vem em seguida, provando a força da nova formação
e mostrando que essa última pode ser a substituta de
“Carry On”.
Eu esperava por algum cover inusitado ao final do show, mas
nada como o que aconteceu. A banda volta ao palco e Edu Falaschi
discursa que irão fazer uma homenagem a Dimebag Darrel
(ex-Pantera, Damegeplan), morto no ultimo mês de dezembro
por uma maluco numa apresentação de sua banda
nos Estados Unidos e que a mídia nacional aproveitou
esse caso para falar mal do heavy metal. Um exemplo foi Arnaldo
Jabor, comentarista do Jornal Nacional e Jornal da Globo, que
praticamente acusou o guitarrista de ter causado a sua própria
morte pelo som pesado e por suas letras.
E para cantar uma música do Pantera é chamado
ao palco Marcelo Pompeu do Korzus, banda extremamente importante
para o cenário nacional. Após um medley instrumental
de faixas do Pantera, Pompeu anuncia “Mouth Of War”,
muito bem executada pela banda por sinal e aplaudida pela platéia.
Pompeu sai e Edu Falaschi pergunta ao público se estão
cansados. A resposta foi um sonoro não, e então
“Sad But True” do Metállica é tocada
com destaque para o baterista Aquiles Priester, sempre um “’monstro”
atrás de sua bateria.
Por último, a banda apresenta “Hallowed Be Thy
Name” do Iron Maiden cantado em uníssono pela galera,
fechando o show de maneira magnífica. A banda se despede
avisando que no final do ano terá um show cheio de surpresas
que segundo fontes, será a gravação do
dvd e cd ao vivo com as participações especiais
no Temple Of Shadows. Só nos resta esperar.
Set
List: Deus Le Volt! - Gate XIII
- Spread Your Fire - Waiting Silence - Acid Rain - Nothing To
Say - Carolina IV - No Pain For The Dead - Angels And Demons
- Late Redemption - Wishing Well - Millenium Sun - Heroes Of
Sand - Rebirth - The Shadow Hunter - Temple Of Hate - Angels
Cry
Bis: Unfinished Allegro - Carry On - In
Excelsis - Nova Era
Covers: Medley Pantera
- Mouth Of War (Pantera - part. especial de Marcelo Pompeu do
Korzus) - Sad But True (Metalica) - Hallowed Be Thy Name (Iron
Maiden)
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| "Carolina
IV", "The Shadow Hunter", "Spread Your Fire",
além de "Rebirth", "Carry On" e "Nova
Era" foram os destaques do repertório do Angra. Os
sempre presentes atraso no início e covers no final da
apresentação marcaram presença novamente,
contando inclusive com a participação de Marcelo
Pompeu do Korzus na homenagem à Dimebag Darrel do Pantera.
Fica a expectativa para o citado "show surpresa" no
fim deste ano... |
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AGRADECIMENTOS
Faz
Produções por levar mais esta grande
banda aos palcos de São Paulo (diferente de algumas produtoras,
a FAZ não dá preferência para cobertura de
seus eventos à um grupo de veículos)
Luciana
da Cie Brasil por sempre tratar a os membros da
equipe Metal Revolution respeitosamente
Thiago
Rahal por mais este grande trabalho, tanto na
parte gráfica quanto escrita |
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