
POR ANDRÉ LUIZ - REVIEW RJ:
RODRIGO "TOWLIE" GONÇALVES - FOTOS: GISELE SANTOS
(MUNDOROCK.NET) E RAPHAEL
"THE DUELIST" JULIANI |

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Após uma espera
de quatro anos, Lemmy Kilmister, Mike Dee e Phil Campbel desembarcaram
no Brasil para uma pequena tour, com três shows. Na terça-feira,
dia 11/05 houve uma entrevista coletiva com a imprensa no Via
Funchal, com presença do Metal Revolution. Veja o que rolou
clicando na imagem abaixo.
A noite, a banda
participou de um coquetel no Manifesto Rock Bar, em Pinheiros.
Rolou além das apresentações em São
Paulo e no Rio de Janeiro, um show em Vitória no Espírito
Santo, dia 15/05 (sábado). O Metal Revolution marcou presença
nos shows do eixo Rio-Sampa.
14/05
- VIA FUNCHAL
A casa de shows situada
na Vila Olímpia, região badalada de São Paulo,
estava tomada por fãs do bom e velho rock and roll. Jovens,
veteranos, crianças, a idade não importava, interessava
apenas presenciar o espetáculo proporcionado pelo Motorhead.
Dentre as tidas pessoas "conhecidas", marcaram presença
nomes como Hermes e Renato, Vitão Bonesso, Vítor
(Torture Squad), Fantine (Rouge, não é brincadeira),
Celso Cardoso (apresentador do Gazeta Esportiva, o qual proporcionou
vários risos de minha parte), Pitty...
As condições do tempo estavam ótimas. Temperatura
agradável, a qual elevava a medida que o tempo passava
e a performance de Lemmy e Cia. não se iniciava no palco
do Via Funchal.
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Enfim
a banda sobe ao palco, mostrando de cara quem são em "We
Are Motörhead", seguida pelo clássico "No
Class" e "Shoot You In The Back". Conversando muito
com o público, Lemmy e Phil agradeceram por diversas vezes
os presentes e prosseguiram com "Civil War", o bom cover
"God Save The Queen" do Sex Pistols, a faixa do álbum
Inferno "Whorehouse Blues" e "Metropolis".
Lemmy anuncia uma pequena pausa, onde o técnico de Dee arruma
a bateria do músico para a execução de "Dr
Rock". "Esta faixa foi escrita quando Dee Dee e Joey estavam
vivos...", inicia Lemmy, no qu seria o anúncio de "R.a.m.o.n.e.s",
executada em alta velocidade. Após esta faixa, Phil e Lemmy
brindam no palco, e aos gritos de "Motorhead, Motorhead"
mandam "Over
The Top" (segundo discurso Lemmy, tocada pela primeira vez
no Brasil) e a ótima "Damage Case".
Um dos pontos altos da noite viria a seguir. No meio da conhecida
faixa "Sacrifice", Lemmy e Phil deixam o palco para uma
super performance solo de Dee. Muitos aplausos e o retorno dos músicos
para retomar a faixa com maestria, e ainda por cima fumando. Entrosamento
nítido.
A
ótima performance de Phil em "You Better Run" manteve
a adrenalina do público para "Going to Brazil"
(em homenagem ao nosso país), emendada com "Killed By
Death" (novo show particular de Phill, com riffs de primeira
linha), um solo de guitarra e a execução do clássico
"Iron Fist" para loucura dos presentes.
Os músicos se despedem e deixam o palco. Todos aguardavam
o bis... Novamente os gritos de "Motorhead, Motorhead"
foram recompensados, a banda retorna ao palco para deixar o Funchal
de pernas para o ar. Uma trinca ecstasiante com "Bomber",
"Ace Of Spades" e após apresentar os membros da
banda um a um, a derradeira "Overkill" prorrogada ao máximo
com maestria. Lemmy encenou tiros de metralhadora com seu baixo
apontado ao público, mas não precisava. Todos já
haviam se rendido à banda londrina...
A apresentação
durou cerca de uma hora e quinze minutos, foi curta, mas direta.
Fãs desavisados sentiram falta de clássicos co-
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mo
"Orgasmatron", "Hellraiser", além
de faixas novas como "Brave New World" e "Shut Your
Mouth", mas quem acompanha o Motorhead não esperava
por estas faixas... Interessa é que a banda fez uma das,
senão a melhor apresentação em solo brasileiro
de sua carreira.
Phil e Lemmy conversam com
o públco o tempo todo, a performance on stage de Dee assemelha-se
a de Nicko McBrain
do Iron Maiden, tal sua energia e alegria de tocar.
Finda a apresentação, restou apenas comprar uma lata
de Boehmia na Rua Funchal e ir para casa satisfeito, as vésperas
de meu aniversário de 21 anos...
16/05
- CANECÃO
Cerca de 50 minutos
após o horário marcado para o inicio do show, Lemmy
entra no palco, saúda o público do Rio e detona o
petardo “We Are Motorhead”, levantando os presentes.
Logo em seguida, foi a vez do clássico “No Class”
do álbum não menos clássico Overkill. Seguiram
duas músicas que são praticamente obrigatórias
em um show do Motorhead: “Shoot You In Back” (do melhor
disco da carreira do Grupo Londrino, o ótimo Ace Of Spades.
Item obrigatório para qualquer apreciador do bom e velho
Rock n’Roll e para quem não conhece a banda, fica a
dica de um dos melhores álbuns de todos os tempos) e a maravilhosa
"Civil War" (provocou uma agitação muito
grande na galera presente no Canecão, abrindo-se uma roda
gigantesca).
Estava na hora de um cover clássico, que fez história
no punk rock mundial. Sim, estamos falando da faixa executada com
maestria por Lemmy e companhia, “God Save The Queen”
do Sex Pistols (Lemmy anunciou essa música perguntando se
havia algum punk presente no show). Após executarem o clássico
“Metropolis”, foi preciso dar uma parada para ajeitar
a bateria do Mike Dee que estava tendo problemas nos pratos (aliás,
o técnico de bateria teve muito trabalho a noite toda, visto
que isso se repetiu durante quase todo show).
Seguindo a apresentação, Lemmy diz que a próxima
música é em homenagem a dois grandes amigos dele que
infelizmente estão mortos, e por isso nós nunca mais
ouviríamos falar deles. O nome deles? Joey e Dee Dee Ramone.
A música não poderia ser outra, e “R.A.M.O.N.E.S”
foi tocada numa velocidade absurda pela banda, aliás, é
algo impressionante a precisão com a qual esses caras tocam,
mesmo sendo veteranos. A próxima faixa foi “Over The
Top”, segundo Lemmy, a primeira vez que eles a tocaram no
Brasil.
Seguiu-se outro ponto alto da noite e também um momento inesperado:
solo de bateria simplesmente arrasador por parte de Dee, no meio
da faixa “Sacrifice”. Normalmente eu não gosto
muito de solos de bateria, mas para esse eu tenho que tirar meu
chapéu, tamanha a precisão e velocidade com que este
cara toca. Isto sem esquecer da performance altamente rock ‘n
roll do mesmo durante o show, não parando de agitar em um
só momento sua vasta cabeleira. Depois foi a vez de uma música
do trabalho novo, seguida por uma faixa muito rock and roll que
a banda escreveu para os fãs brasileiros, segundo o próprio
Lemmy, intitulada “Going To Brazil”, que levou a galera
ao delírio. O show acabou com dois dos maiores clássicos
da banda. Primeiro “Kill By Death” (dois momentos que
chamaram a atenção durante a execução
dessa música foram o solo de Phil Campbel e o baterista Mick
Dee jogando as baquetas para o ar) e “Iron Fist”. Depois
disso, os caras desejaram boa noite e saíram do palco.
Para a alegria dos presentes ao Canecão naquela noite, eles
voltaram para o bis com uma trinca de clássicos de colocar
um sorriso nos lábios de qualquer fã da banda. “Bomber”,
“Ace of Spades” e “Overkill”, sendo que
esta última foi simplesmente maravilhosa.
Enfim, todos puderam ir para casa contentes com uma das melhores
apresentações da banda em terras brasileiras. O Motorhead
é uma banda que realmente sabe agradar os fãs, fato
notório levando-se em conta o set list montado para que o
fã possa sair satisfeito, ao contrário de outras bandas
do estilo que gostam de fazer música de maneira egoísta.
Com certeza, uma noite para ficar guardada para sempre na mente
dos amantes do bom e velho Heavy Metal. |



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AGRADECIMENTOS
Assessorias de Imprensa ME e Via Funchal, em especial Miriam
Martines e Elvis Patez pela competência e tratamento com a
equipe Metal Revolution
Dinah, Lilla e Ju pela super companhia no Via Funchal
(sai fora Celso Cardoso!)
Bruno, Rodrigo e Raphael pela matéria sobre
o show no Canecão
Thiago Rahal pelo suporte na coletiva (da próxima
vez rola credencial para nós dois) |
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