Incumbida de abrir a noite, a banda Of The Archaengel sofreu com problemas técnicos que acabaram por prejudicar sua apresentação. Seguiu uma longa jornada de arrumação no palco, para que a principal atração da noite inicia-se sua performance.
Após uma pequena Intro, Nick Holmes (V), Gregor Mackintosh (G), Aaron Aedy (G), Steve Edmondson (B) e Mark Heron (D, substituto de Jeff Singer, que toca na banda inglesa Oceansize) sobem ao palco executando o petardo The Enemy do álbum In Requiem, seguida pelos primeiros clássicos, Erased (Symbol Of Life) e Elusive Cure (Draconian Times). No Celebration (uma de minhas favoritas), também do Symbol Of Life, manteve o nível da apresentação, assim como a nova Ash And Debris. Com o sarcasmo britânico habitual, Holmes pede para o público cantar o próximo refrão em português e executam o petardo As I Die, seguida por outras faixas pouco conhecidas do grande público do Paradise: Rememberance (Icon), Gothic (do álbum homônimo) e Enchantment (Draconian Times). A esta altura, o calor que tomava conta do superlotado Inferno Club se tornara literalmente infernal, mas o público clamava por mais clássicos da banda inglesa. Seguiram Ember's Fire (Draconian Times), a faixa título do último lançamento de inéditas Requiem e a melodia empolgante de Say Just Words, encerrando a primeira parte da apresentação.
Retornando para o bis, os músicos executam a faixa de abertura do In Requiem, a excelente Never For The Damned que traz a tona muito dos primórdios de sua sonoridade. Mas a parte derradeira chegara e finalizando o verdadeiro espetáculo proporcionado no Inferno Club, executaram a belíssima One Second e o clássico The Last Time.

Em termos musicais não há o que se discutir dessa apresentação. Nick Holmes fugiu da tradicional frieza inglesa e literalmente obrigava o público a participar junto a banda, a dupla de guitars Gregor Mackintosh e Aaron Aedy e o baixista Steve Edmondson chamavam os presentes mas meio que demonstraram uma situação claustrofóbica devido ao pequeno curto do Inferno Club, no qual um passo para o lado significava um pisão no companheiro de banda. O baterista substituto Mark Heron fez algumas adaptações em dados momentos que muitos interpretaram como erros, mas não prejudicou a apresentação. Em termos de musicais, espetáculo quase perfeito, já com relação ao local... O Inferno Club estava superlotado, e a contar pela não liberação do mezanino a imprensa e convidados, os mesmos se aglomeravam no fundo da casa tornando o local o mais intransítável possível, vide o momento em que os próprios integrantes do Paradise Lost tiveram de atravessar a pista lotada no meio do público para chegar aos camarins. O resumo da obra consiste em um momento memorável aos ardorosos fãs, seja pelo espetáculo apresentado pelo Paradise Lost, seja pelo calor do local...