TIM
'RIPPER' OWENS
ABERTURA: BURN DOWN MANIFESTO BAR, SÃO PAULO - SP Review por Eduardo Jr. - Edição por André Luiz Fotos por André Luiz (metalrevolution.net) Era para ser mais uma sexta-feira normal, onde o cidadão aqui que vos escreve curte suas férias na praia com a família, amigos e tudo que tenho direito, mas, compromisso firmado é compromisso cumprido, além de que a reunião metal alcólica com os brothers em Sampa sempre é uma atividade para lá de saudável e relevante para a mente (não tanto para o fígado, obviamente) e neste caso, cobrir o show de uma figura que marcou a minha história como fã de heavy metal é algo excepcional. Dizer que Tim Ripper Owens é um vocalista excepcional é chover no molhado, ele já provou isto em todos os seus trabalhos, entretanto, o que eu por mais que tente não consigo entender é como um músico do naipe do Tim não consegue implacar em uma banda realmente de nome e que reflita suas idéias de forma definitiva. Bandas como Judas Priest, Iced Earth, e Malmsteen são ótimos veículos de divulgação para qualquer músico, mas, é inevitável que em bandas como estas você como músico seja obrigado a seguir determinados rótulos e direcionamentos musicais já existentes e que acabam por limitar naturalmente a sua criatividade. Um bom exemplo disto são as carreiras solos de nomes como Bruce Dickinson, Rob Halford, Dio e etc, a do próprio Ripper demonstra isto, porém, se tratando de Tim Owens, seus trabalhos solos não são tão consistentes quanto deveriam.
Pouco após as 1h30m de sábado, já podiamos notar a movimentação dos músicos de apoio no palco, banda esta composta por BJ (guitarra e vocal), Leo Mancini (guitarra), Paulo Soza (baixo) e Gabriel Triani (bateria), que formam a excelente banda Tempestt (exceto Leo Mancini que já não faz mais parte da line up). A meu ver, Tim Owens não poderia ter escolhido músicos de apoio melhores diante do cenário brazuca, músicos para lá de compententes entrosados que souberam executar todas as músicas com maestria, carisma e sintonia. Meu destaque e minha total alegria com relação a banda de apoio, fica por conta do baixista Paulo Soza, que é meu camarada das antigas da cena do Litoral da Baixada, mais precisamente da Praia Grande, um músico brilhante e que me deixa extremamente feliz em vê-lo obter o sucesso, e o reconhecimento que merece junto ao Tempestt e aos demais projetos e atividades relacionadas a música, é uma enorme alegria vê-lo ao lado de um grande nome como o Ripper, até mesmo pela batalha, dedicação e profissionalismo que sempre dedicou a sua música e ao seu trabalho. O show se inicia de uma
forma surpreendente, dando aquele choque nos presentes, logo de cara
ouve-se a intro de bateria para lá de clássica de um grande hino do
Judas Priest denominado “Painkiller”, um petardo que ganhou nova roupagem
e nova energia com os vocais de Tim Ripper Owens a frente do Judas Priest.
Logicamente que esta música logo na abertura contagiou o público presente,
inclusive este que vos escreve, e os agudos ensandecidos acompanhando
Mr. Ripper foram inevitáveis. Após o primeiro petardo, alguém na platéia
grita “Mr Crowleeeeey “ e Tim, extremamente simpático e carismático
responde “Mr Crowley no! I am Mr Ripper!” e em seguida, assim como fazia
nos seus tempos como Front Man do Judas Priest, faz a célebre pergunta
“What’s my name???” e anuncia “The Ripper” como o próximo clássico da
noite. Após “Painkiller” e “The Ripper” do Judas, o show segue com uma música do seu novo trabalho intitulado “Play My Game” chamada “Believe”, para dar uma acalmada nos presentes uma vez que perceptivelmente, poucos conheciam esta música. O show segue com um clássico absoluto do rock/metal de um grande nome da cena, Deep Purple, e inicia-se a intro de “Highway Star” que novamente incendeia o público. Destaque nesta faixa ao solo de contra baixo executado por Paulo Soza e aos Backing Vocals do Guitarrista BJ. Para o fã de Judas Priest como um todo, independente de ser com o Ripper nos vocais ou com Halford, ou até mesmo em um show de uma banda Cover de Judas Priest, é inevitável não torcer para que determinadas músicas sejam executadas. “Electric Eye” é uma delas e eis que temos seu início (sem a costumeira “The Hellion” como intro), como era de se esperar, o público canta junto cada palavra. Após mais um momento ‘Judasprístico’ memorável, Tim anuncia uma das melhores músicas gravadas por ele após a sua saída da banda que o revelou em uma esfera mundial, temos então o início da música, “And... You Will Die”, gravada com a banda “Beyond Fear” em 2006, trabalho este muito bem aceito pela mídia na ocasião. Um show de um grande nome
como o de Tim “Ripper” Owens, que já fez e ainda faz parte de bandas
lendárias da cena metal mundial é sem duvida nenhuma um prato cheio
para quem gosta da variedade que o metal proporciona, no caso, temos
sons imortais do Heavy Tradicional como os do Judas Priest, até um melódico
piruliteiro do naipe de um Malmsteen, e é o que temos na sequência,
“Rising Force” do nosso “humilde” e “God of Arpeggios” Yngwie. A execução
desta faixa de certa forma me surpreendeu, uma vez que Owens gravou
por inteiro o último cd do Mr Malmsteen denominado “Perpetual Flame”
de 2008 e seria uma lógica óbvia a execução de alguma música deste cd,
o que não ocorreu.
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