Texto e fotos por Clovis Roman
O Nile iniciou sua nova passagem pelo Brasil com uma apresentação devastadora em Curitiba/PR, onde o quarteto mostrou seu Death Metal técnico que mescla perfeitamente peso e velocidade. Um dos grandes diferenciais do grupo é a temática lírica, inspirada primordialmente em mitologia egípcia, árabe e mesopotâmica. Além de se tratarem da banda que lançou um single com um dos mais extensos títulos do estilo: “Papyrus Containing The Spell To Preserve Its Possessor Against Attacks From He Who Is In The Water”.
A abertura da noite ficou com o Imperious Malevolence, que está a todo vapor na divulgação de seu quarto álbum, Doomwitness. A nova formação, a qual conta com Danmented (guitarra e vocal) e Alexandre Antunes (baixo e vocal), unidos ao veterano Antônio Death, está afiadíssima. A prova foi a execução de petardos como a faixa título do último disco e “Excruciate”, além de “Arquiteto da Destruição”, na qual a maneira como Alexandre encaixou os vocais chamou a atenção. Entre os que não conheciam o trabalho do Imperious Malevolence, a resposta foi unânime: um arregaço de show.
Um pouco depois das 22h, sobem ao palco os guitarristas Karl Sanders e Dallas Toler-Wade (responsável também pela maioria dos vocais) e o baixista Todd Ellis, que entrou em 2009. Atrás da bateria estava o grego George Kollias, um verdadeiro monstro das baquetas, que já no aquecimento mostrou o motivo de ser um dos melhores bateristas de death metal da atualidade. O Nile abriu com “Sacrifice Unto Sebek”, e após uma rápida saudação do chefão Karl Sanders, eles seguem com “Defiling The Gates Of Ishtar”, além da dobradinha “Kafir” e “Hittite Dung Incantation”, ambas representantes do penúltimo trabalho, Those Whom the Gods Detest.
Do disco At The Gates Of Sethu, que chegou as lojas há pouco mais de um ano, o Nile tocou músicas como “Enduring the Eternal Molestation of Flame” (escolhida para se tornar vídeo clipe), “The Inevitable Degradation of Flesh” e “Supreme Humanism of Megalomania”, em meio a registros mais antigos, como “The Blessed Dead” e “The Howling of the Jinn”, do primeiro álbum, Amongst the Catacombs of Nephren-Ka. A banda, visivelmente empolgada com a reação do ruidoso público presente no Music Hall, encerrou – totalizando 14 músicas – o massacre com “Black Seeds of Vengeance”, cujo refrão foi cantado em uníssono.
Após a apresentação, os músicos atenderam os fãs com extrema humildade; principalmente Karl Sanders, o qual ficou bastante tempo no palco conversando com qualquer um que se aproximasse. O Nile encerra sua passagem pelo país com shows em São Paulo (21) e Porto Alegre, dia 22.
A banda de abertura foi muito ruim! O baterista se perde o tempo todo. Uma pena colocar uma banda tão fraca para tocar com o Nile.
Nossa, achei q só eu tinha achado a banda de abertura ruim! Fomos de Joinville para ver o Nile e é foda ter q aguentar uma banda tão ruim na abertura.